chateau montus la tyre 2009

A ascensão da denominação Madiran deve muito à pessoa de Alain Brumont, cuja ambição e perseverança tornaram uma história de sucesso para seus pares. Vindo de uma família de proprietários - Château Bouscassé na mesma denominação -, Alain Brumont adquiriu a Montus em 1979, replantando a própria vinha e produzindo suas primeiras safras com equipamentos básicos, atraindo o escárnio de produtores vizinhos. No entanto, o sucesso é imediato e, na esteira, ele se lança na produção de vinho branco seco, de denominação Pacherenc-du-Vic-Bilh. Agora também proprietário de Bouscassé, ele trabalha para manter a reputação de suas propriedades, cujos vinhos são o deleite dos amantes de néctares epicuristas. Nos 90 hectares dedicados ao vinho tinto no Château Montus, o cultivo de solos e plantas é feito em controle fundamentado e a colheita é inteiramente manual. Os vinhos passam por uma vinificação tradicional em cubas de inox, depois um estágio de 14 meses em barricas de carvalho novo (entre 50% e 100% dependendo dos cuvées), para uma densidade e cremosidade excepcionais. O Château produz atualmente três cuvées vermelhos: Château Montus, Montus XL e La Tyre, o cuvée Montus-Prestige tendo sido abandonado em 2004 em favor de um Château Montus superior.

Principalmente da casta Tannat, os vinhos são poderosos e tânicos, mas elegantes ao mesmo tempo, e desenvolvem esplêndidos aromas de amora, cereja, alcaçuz, cravo e especiarias. Muito agradável desde a juventude, eles, no entanto, possuem uma bela capacidade de envelhecimento. Uma pequena anedota, La Tyre não é outro senão o nome de um distrito da comuna de Castelnau-Rivière-Basse, hoje grande terroir. Na adega, o Tannat macera entre 3 e 6 semanas, o vinho fermenta com pigeages e o vinho estagia nas suas borras em barricas novas entre 14 e 16 meses.